UE cobra de Israel investigação ampla do ataque a missão humanitária

UE cobra de Israel investigação ampla do ataque a missão humanitária

magal53
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Feridos foram socorridos Haifa
 
Pelo menos nove pessoas morrem em ataque da Marinha israelense a um comboio de ajuda humanitária que levava suprimentos à Faixa de Gaza. A Alemanha questionou proporcionalidade da ação e pediu investigação ampla e urgente.Israel,por sua vez, através de comunicado informou que “a armada de ódio e violência era em apoio à organização terrorista Hamas como uma provocação premeditada e ultrajante”.
 
Os organizadores da flotilha são bem conhecidos por suas ligações com o Jihad, Al-Qaeda e o Hamas, tendo em sua trajetória um histórico de contrabando de armas e outros materiais bélicos. O comunicaado israelense informa que “a bordo do navio, foram encontradas armas que estavam preparadas com antecedência e e foram usadas contra as FDI(Forças de Defesa de Israel) já antes da abordagem.
 
A intenção dos organizadores foi a utilização de métodos violentos e, infelizmente, houve fortes resultados”.O comunicado diz também,que a chamada ajuda humanitária não tinha uma finalidade pacífica e se assim fosse, os organizadores teriam aceitado a oferta israelense em realizar a entrega dos materiais através dos canais apropriados, como a ONU ou a Cruz Vermelha. Na verdade, o grupo afirmou repetidas vezes que a intenção era romper o bloqueio marítimo em Gaza.
 
Este bloqueio, realizado por Israel, é legal e justificado, levando em consideração o terror imposto pelo Hamas em Gaza. Permitir que esses navios entrassem de forma ilegal no território teria aberto um corredor de contrabando de armas e terroristas na Faixa de Gaza, resultando em morte de milhares de civis e a disseminação da violência em toda a área.Líderes mundiais reagiram com consternação diante do ataque da Marinha israelense a um comboio de ajuda humanitária que matou ao menos nove pessoas e deixou dezenas de feridos na segunda-feira (31/05).

O ataque aos “ativistas” que transportavam suprimentos para a Faixa de Gaza teria acontecido em águas internacionais. A imprensa israelense fala em até 16 mortos.Os seis barcos com cerca de 700 ativistas pró-Hamas e carregavam 10 mil toneladas de alimentos e tentaram furar o bloqueio marítimo imposto por Israel à Faixa de Gaza. Às 5h no horário local, eles foram interceptados pelas forças israelenses.

O confronto teria sido gravado por uma equipe turca, que estava a bordo da embarcação que foi atacada. Após o ataque, o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, acusou Israel de praticar terrorismo de Estado.A chanceler federal alemã, Angela Merkel, cobrou do governo israelense um rápido esclarecimento sobre o que de fato aconteceu. Ela defendeu uma investigação internacional. "Coloca-se a urgente questão da proporcionalidade", afirmou.

Bildunterschrift: O ministro alemão das Relações Exteriores, Guido Westerwelle, conversou sobre o caso com o colega israelense Avigdor Lieberman por telefone. "Eu insisti que seja feita uma investigação abrangente, transparente e neutra de todas as circunstâncias", disse Westerwelle.

A União Europeia (UE) convocou uma reunião extraordinária com embaixadores para discutir o ataque violento do comando israelense. A alta representante para a Política Externa da UE, Catherine Ashton, exigiu que Israel faça "um inquérito exaustivo sobre as circunstâncias". Ela também pediu abertura "imediata" e "sem condições" da Faixa de Gaza.

A Casa Branca comunicou que o presidente Barack Obama lamenta "profundamente" a perda de vidas e expressa preocupação com os feridos. "O presidente também expressou a importância de saber todos os fatos e circustâncias relacionados com os trágicos acontecimentos desta manhã o mais rápido possível.

"O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que era aguardado na próxima semana para conversas na Casa Branca, nos Estados Unidos, anunciou o cancelamento da visita na tarde desta segunda-feira. "Estou chocado com as informações", disse Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, numa conferência sobre o Tribunal Penal Internacional em Campala. "Condeno essa violência.

É vital que haja um inquérito completo para determinar como aconteceu esse banho de sangue", completou.O Conselho de Segurança das Nações Unidas também convocou uma reunião emergencial na tarde de segunda para discutir a crise deflagrada pelo ataque israelense.

As forças israelenses acusam os ativistas de terem iniciado o conflito. Segundo Israel, os soldados revidaram com armas de fogo após terem sido atacados com facas, armas de fogo e cacetes. Mas os ativistas insistem que os soldados já chegaram atirando. "Eles começaram a violência.

Nós fizemos todos os esforços possíveis para evitar o incidente", tentou explicar Mark Regev, porta-voz do primeiro-ministro israelense. Segundo Israel, os ativistas foram advertidos sobre a ilegalidade de furar o bloqueio à Faixa de Gaza e avisados de que, se o comboio seguisse adiante, os barcos seriam interceptados e levados até o porto de Ashdod e que os ativistas seriam presos antes de serem deportados.

Além dos nove mortos, dezenas de pessoas ficaram feridas. O Almirante Eliezer Marom, chefe das Forças Armadas de Israel, disse que o confronto se limitou à embarcação turca, que levava 700 passageirosBildunterschrift: Israel declarou a Faixa de Gaza como "território inimigo" em agosto de 2007, oito meses depois de o grupo radical Hamas ter expulsado à força o governo da AP dessaa região autônoma árabe palestina.

O objetivo era aumentar a pressão para que o Hamas cessasse os disparos de foguetes, quase que diários, contra o território israelense. Outra medida foi a interrupção de energia elétrica e de bens de luxo para quase 1,5 milhões de habitantes.

Em 2008, Israel fechou a fronteira com a Faixa de Gaza e interrompeu o abastecimento de combustível. Somente suprimentos de ajuda humanitária podem ser importados e a entrada de matéria-prima no país é proibida.

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