História da Palestina

História da Palestina

magal53
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História da palestina- primeira parte.

Para os que se interessam por história e em conhecer a verdadeira origem dos "Palestinos", resolvi escrever para vocês baseando-me em traduções do artigo: "A história e o significado da 'Palestina' e dos 'Palestinos', por Joseph Katz, renomado historiador e escritor americano. Vale a pena aprender um pouco sobre a verdadeira origem do Conflito Árabe-Israelense, até porque este conflito não é milenar como muitos afirmam, mas bem recente e repleto de interesses políticos. O artigo está dividido em DUAS partes. -

Por Joseph Katz
Tradução e adaptação por MZandona

"Não existe uma nação árabe chamada Palestina (...). Palestina é o nome que os romanos deram para o Eretz Israel com o intuito de enfurecer os judeus. Por que deveríamos usar o mesmo infeliz nome dado para nos humilhar? Os ingleses escolherem chamar a terra que eles controlavam de Palestina, e os árabes pegaram este nome como seu suposto nome milenar, apesar de nem sequer conseguirem pronunciá-lo corretamente. Eles transformaram a Palestina em 'Falastin', uma entidade ficcional."

Golda Meir

O QUE SIGNIFICA "PALESTINA"?




"Palestina" nunca foi o nome de uma nação ou estado. É na verdade um termo geográfico utilizado para designar uma região abandonada ao descaso desde o século II d.C. O nome em si deriva do termo "Peléshet", que aparece constantemente na Bíblia hebraica e foi traduzido como "Filístia" ou "Palestina". Os Filisteus eram um povo do mediterrâneo com origens na Ásia Menor e na Grécia. Eles chegaram à costa Israelense em várias caravanas. Um grupo chegou no período pré-patriarcal, estabelecendo-se em Beer Sheva, entrando em conflito com Abraão, Isaque e Ismael. Um outro grupo, vindo da ilha de Creta após uma frustrada tentativa de invasão do Egito (1194 a.C.), se estabeleceu na área costeira de Israel. Lá eles fundaram cinco assentamentos: Gaza, Ashkelon, Ashdod, Ekron e Gat. Posteriormente, durante o domínio dos Persas e Gregos, povos de outras ilhas do Mediterrâneo invadiram e destruíram os assentamentos filisteus. Desde os dias de Heródoto, os gregos chamam a costa leste do Mediterrâneo de "Síria Palestina".

Os filisteus não eram árabes nem ao menos semitas. Sua origem era grega. Eles não falavam árabe, nem nunca tiveram qualquer conexão étnica, lingüística ou histórica com a Arábia ou com os Árabes. O nome "Falastin" que os árabes usam atualmente para "Palestina", nem sequer é uma palavra árabe mas sim hebraica - Peleshet (raiz Pelesh), que significa divisor, invasor. O uso do termo "Palestino" para se referir a um grupo étnico árabe é uma criação política moderna, sem qualquer credibilidade acadêmica histórica.

COMO A TERRA DE ISRAEL VEIO A SE TORNAR "PALESTINA"?

No primeiro século d.C., os romanos destruíram o reino independente da Judéia. Após a revolta frustrada de Bar Korchba no segundo século, o imperador romano Adriano determinou a eliminação da identidade de Israel (também conhecido como Judá ou Judéia), visando destruir o vínculo milenar do povo judeu com a região. Assim, ele escolheu o nome "Palestina", impondo-o em toda a terra de Israel. Ao mesmo tempo, ele mudou o nome de Jerusalém para "Aélia Capitolina".

Os romanos mataram milhares de judeus e expulsaram ou venderam como escravos outras centenas de milhares. Muitos dos sobreviventes optaram por não abandonar a terra de Israel, e jamais houve um momento sequer na história da região sem que judeus e comunidades judaicas estivessem presentes, apesar das condições serem extremamente precárias e perigosas.

BREVE HISTÓRIA DA "PALESTINA"




Milhares de anos antes dos romanos criarem o termo "Palestina", a região era conhecida como Canaã. Os cananitas possuíam muitas cidades-estados, às vezes independentes às vezes vassalos de reis egípcios ou hititas. Os cananitas nunca se uniram para formar um estado. Após o Êxodo do Egito (provavelmente no sec. XV ou XIII a.C.), os filhos de Israel se estabeleceram na terra de Canaã.
Ali formaram primeiramente uma confederação tribal e depois os reinos de Israel e Judá.
Desde os primórdios da história até os dias atuais, Israel (Judá ou Judéia) foi a única entidade independente e soberana que existiu ao oeste do rio Jordão (nos dias bíblicos, Amon, Moabe e Edom, bem como Israel, possuíram territórios ao leste do Jordão, mas estes desapareceram na antiguidade e nenhuma outra nação reivindicou a região, até os britânicos criarem o termo "Trans-Jordânia", nos anos 20).

Após a conquista romana da Judéia, a "Palestina" se tornou uma província do império romano e posteriormente do império cristão Bizantino (brevemente também foi conquistada pelo império zoroástrico persa). Em 638 d.C, um califa árabe muçulmano tomou a Palestina das mãos dos bizantinos e a anexou ao império árabe-muçulmano. Os árabes, que não tinham nem sequer um nome em árabe para a região, adoraram o nome dado pelos romanos, pronunciando-o
como "Falastina", ou invés de "Palestina" (na língua árabe não há o som de "p").
Durante este período árabe, grande parte da população da região (composta por uma mistura de povos e tribos nômades de várias regiões ao redor) foi forçada a converter-se ao islamismo. Eles eram governados por um califa que reinava de sua capital (primeiramente em Damasco e depois em Bagdá). A região da Palestina nunca se tornou uma nação ou um estado independente, nem desenvolveu uma cultura ou sociedade distinta. Em 1099, cruzados cristãos da Europa conquistaram a "Palestina – Filistina". Após 1099, nunca a região esteve novamente sob domínio árabe. O reino estabelecido posteriormente pelos cruzados europeus era politicamente independente, mas nunca desenvolveu uma identidade nacional, servindo apenas como um posto militar da Europa Cristã por menos de 100 anos. Após este período, a Palestina foi anexada à Síria como uma província mameluca (etnicamente um povo fruto de uma mistura entre guerreiros e escravos cujo centro político encontrava-se no Egito), e posteriormente anexada ao Império Turco-Otomano, cuja a capital encontrava-se em Istambul.

Cruzados na Palestina, 1099, Chateau de Versailles, França

A PROMESSA DO "LAR JUDAICO NACIONAL"

Viajantes do ocidente à região da Palestina deixaram registros do que viram no local. O tema presente em todos os relatos é DESCASO. Vejamos alguns testemunhos:

"A terra está desolada, vazia, negligenciada, abandonada, destinada à ruínas. Não há nada lá (Jerusalém) para ser visto, a não ser poucos vestígios da antiga muralha que ainda permanece. Todo o resto está coberto por musgo e mato". Peregrino inglês, 1590.

"A região está em situação deplorável, sem habitantes. Sua maior necessidade são pessoas!" Cônsul Britânico, 1857.

"Não há sequer uma vila em toda a extensão do vale chamado Jezreel, nem mesmo em um raio de 50Km. Viajamos quilômetros sem encontrar uma alma sequer. Nazaré está abandonada, Jericó é uma ruína que se desfaz; Belém e Betânia, na sua pobreza e humilhação, não é desejada por qualquer criação (...). Um país desolado cujo solo é bastante rico, mas é dado inteiramente a ervas inúteis (...) uma expansão silenciosa, pesarosa (...) uma desolação (...). Nunca vimos um ser humano durante todo o caminho. A Palestina encontra-se vestida em pano de saco e cinzas...".
Mark Twain, "The Innocents Abroad", 1867.
A restauração da terra "desolada" e "não desejada" começou na segunda metade do século XIX, com os primeiros pioneiros judeus. O trabalho realizado por estes pioneiros criou novas e melhores condições e oportunidades, o que acabou por atrair outros imigrantes de várias partes do Oriente Médio, tanto árabes quanto outros.

A Declaração Balfour, de 1917, confirmada pela Liga (ou Sociedade) das Nações, comprometeu o governo britânico aos princípios que "o governo de vossa majestade vê com favor o estabelecimento, na Palestina, de um Lar Nacional Judaico, e fará uso de seus melhores recursos para facilitar a materialização deste objeto (...)". Ficou então determinado o controle britânico sobre toda a região e que a área seria aberta à criação de assentamentos judaicos. Também determinou-se que os direitos de todos os seus habitantes (já residentes na região) seriam preservados e protegidos.

O Mandato Britânico na Palestina originalmente incluía tudo o que é hoje a Jordânia, bem como o que hoje é Israel e os territórios entre eles. No entanto, quando o "protégé" britânico Emir Abdullah foi forçado a abandonar seu domínio hashmaíta na Arábia, os britânicos criaram para ele uma região alternativa para seu reino, localizada ao leste do rio Jordão. Não havia nenhum nome árabe para a região, assim os ingleses a chamaram de "além do Jordão", ou "Trans-Jordânia"; posteriormente apenas "Jordânia".

Com esta manobra política, que violava todas as regras estipuladas pela Declaração Balfour e pelo Mandato Britânico, os ingleses retiraram 75% da região destinada a ser o "Lar dos Judeus", como havia declarado a rainha. Não foi permitido que nenhum judeu habitasse na região da Trans-Jordânia (ou Jordânia). Menos de 25% permaneceu da Palestina original do Mandato Britânico, destinado aos "assentamentos judaicos" prometidos pelos ingleses. Além disso, eles restringiram a imigração judaica na região e impuseram restrições quanto ao local onde os judeus poderiam trabalhar, viver, construir ou plantar. Na verdade, as regiões mais deploráveis da então Palestina britânica foram destinadas aos judeus, como os pântanos da Galiléia e as regiões infestadas de malária como Jafa e Tel-Aviv.

Somente após 1967, Israel finalmente conseguiu habitar em algumas das regiões prometidas pelos britânicos aos judeus. Apesar dos britânicos constantemente declararem como ilegais os assentamentos judaicos durante o Mandato Britânico, foram eles mesmos que agiram contrariamente à lei ao expulsarem os judeus da região já declarada "O Lar Judaico Nacional" pela Liga das Nações e pela rainha DA INGLATERRA

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16Comentários
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  1. Boa Tarde!
    O Senhor tem algum material,para pesquiza da origem etnica dos palestinos.
    os palestinos vem de qual linhagem.
    Obrigado.

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  2. ... Bom, mas de facto, Saladino (sarraceno)
    conquistou Jerusalem aos cristãos (Cruzadores) não aos Judeus. Já no tempo de
    cristo eram os Romanos e não os judeus que detinham o território. Naquela terra,
    como em todas as terras viviam mts judeus, mas tb viviam mts muçulmanos e outros.
    Os Judeus nunca tiveram um verdadeiro território seu e por isso foi-lhes concedido
    um país pela ONU em 1948. Mas tb não foi bem por isso que esta guerra estoirou,
    a questão é que Israel "expandiu" mt esse território e tem aliados de mt peso....
    Enfim, mts problemas e poucas soluções de bom senso.
    Sara.

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  3. Então eles têm mais direito que todos, são de Judá, território filifsteu.

    A civilização Filistéia foi maravilhosa, nada tem a ver com os relatos biblicos. Todos sabem que filisteus eram cretenses, isto deve-se a Vulgata, mas os judeus nunca saíram de Canaã, terra dos Fenicios, eles foram cristianizados (4) e islamisados (7) moisés tb não existiu, Canaã era território egípcio, os filisteus lutaram com os egpcios não os hebreus (aqle q vem de além, estrangeiro)

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  4. Os soldados de Deus estao chegando para combater o demonio ,Israel se uniu ao diabo , Deus nao vai deixar isso acontecer , no final de tudo , O bem vai vencer o demonio de Israel e os iluminatti

    OS SOLDADOS DE DEUS ESTAO CHEGANDO , GUARDE MINHAS PALAVRAS ISRAEL

    OS ARABES JA VIVIAM NESSA TERRA A MUITO TEMPO , EM 1948 ELES INVADIRAM A PALESTINA E AINDA VEM FALAR QUE A TERRA DELES
    TERRA DELES NADA ,SAO DOS PALESTINOS QUE LA VIVIAM A MILENIOS

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    1. Há muito tempo... com H!!! Para quem quer dar lições de História, convém saber escrever! Quanto ao resto, tem razão, exceto no que diz respeito a parvoíces como o diabo, os illuminati, etc....

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    2. Até 1948 não existia povo "palestino" mas árabes. E na verdade continua sendo árabes. Basta consultar a história e veremos que não existe nenhuma citação a povo palestino

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    3. Os Árabes invadiram Israel em 1920. Ver Youtube "1920, the Year Arabs Discovered Palestine". A Terra de Israel fazia parte do Império Otomano, como todo o Médio Oriente a parte da Europa. Estudem a História. Os soviéticos inventaram a patranha da "Palestina" árabe nos anos 60. Tanto ignorante armado em sabichão. Saiam os senhores do Brasil, que é dos indígenas, e que foi colonizado pelos invasores e meus antepassados portugueses.

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  5. Que ignorância desse anônimo, talvez por isso tenha vergonha de colocar o nome e o e-mail. Otário e idiota.

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  6. É complicado avaliar questões que causaram tanto sofrimento no passado e no presente, hoje fortes esmagam fracos e a desculpas sempre aparecem para justificar ações movidas por interesses escusos, no passado seres humanos denominados judeus sofreram por poderosos insensíveis, os outros humanos nazistas produziram mortes em nome do poder e ambição, hoje e no passado recente em nome das lágrimas e sofrimentos dos inocentes que perderam suas vidas criaram o estado de Israel a custa de mais sofrimentos de outros inocentes, creio que não a justificativa para o sofrimento das pessoas, a dor de um é igual a do outro e a morfologia das palavras não irá enxugar lágrimas e justificar produção de mais sofrimento.

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  7. Puxa, mas um dos comentaristas querer deixar-nos a infeliz frase que Moisés não existiu é demonstrar muita obtusidade histórica e não crer nas palavras do ser mais famoso que já existiu: Jesus Cristo, o qual bastante referiu-se a Moisés, o maior legislador da história. Quanto às informações deste site, me pareceram realmente muito importantes.

    Daniel Sanchez

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    1. Desde quando, Daniel Sanchez, a Bíblia é um documento histórico? A Bíblia, Jesus Cristo, etc, são questão de fé que deveríamos respeitar todos. Mas verdade histórica é outra coisa: baseia-se em sítios arqueológicos, em datações de carbono, em documentos em pedra, pergaminho, etc, que venham de várias (várias!) fontes e sejam mais ou menos coincidentes. Àparte o relato Bíblico não há o mínimo vestígio de Moisés. Como não se encontraram traços do grande reino de David ou de Salomão que, a terem existido, mais não foram do que chefes tribais...

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  8. turcos.

    Judeus e palestinos são turcos albinos do Caúcaso russo. Jázaros e otomanos, respectivamente.

    Os turcos do islam dominaram aquela terra por centenas de anos e sabemos o que ocorre logo em seguida a dominação. Tratam de modificar a língua e as feições do povo dominado para extinguir a etnia.

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    1. Como é que modificaram as feições???? E se estudasse um pouco mais?

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    2. Nossa. Turcos albinos... e nosso festival nacional de de besteiras não para de nos surpreender. Ensinar a "regra de ouro" da internet parar os amigos judeus: nunca alimente os trolls.

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  9. Quanto mais estudo, percebo o quanto me torno ignorante. Só tem gente de grande sabedoria aqui! Mas,oque mais me deixa em dúvidas são as convicções de cada um,parece que vivênciaram os ocorridos

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